A honestidade de Mohammad (SAWS)
Os descrentes já não utilizavam os títulos de “Al Amin” para Mohammad (SAWS), mas reconheciam a sua veracidade e a honestidade. O Profeta também não se importava se eles utilizavam ou não, porque a sua veracidade e honestidade não eram para os descrentes mas já se tinha tornado um instinto natural de Mohammad (SAWS), e o muçulmano deve seguir o modelo do Profeta. Por isso o Alcorão diz:
“Ou não conhecem o seu Profeta e por isso renegaram-no?” (Cap. 23, Vers. 69)
Na noite de saída de casa, quando o Profeta pôs Ali em seu lugar, deu-lhe instruções, para que devolvesse aos donos dos depósitos (confianças) que as pessoas vinham guardar com o Profeta. Explicou-lhe quem eram os donos e finalmente disse-lhe para juntar-se a ele em Madina, depois de cumprir essa missão. Ali, depois de cumprir o encargo foi-se embora três dias após a saída do Profeta de Macca.
Mohammad (SAWS) e seu companheiro Abu Bakr já tinham chegado a montanha “Saur”. Quando chegaram a caverna, primeiro entrou Abu bakr, para limpar o interior, depois disse ao profeta par entrar. Enquanto o Profeta descansava tranqüilamente na caverna, Abu Bakr estava acordado, quando foi mordido por uma cobra ou um escorpião. Ele não quis acordar o Profeta, mas logo que o Profeta soube, aplicou-lhe a sua saliva no local afetado e ele ficou imediatamente curado.
Por outro lado, os descrentes intensificaram a sua busca com esperanças de receberem o tão elevado premio. E durante a estadia no esconderijo da caverna, o Profeta e Abu Bakr, para estarem a par dos acontecimentos em Macca, incumbiram três pessoas de certas obrigações:
1º - Abdallah, filho de Abu Bakr foi incumbido de ver e ouvir os planos e atividades dos descrentes em Macca durante o dia e ir, a noite, informá-los na caverna.
2º - Assmá, filha de Abu Bakr foi incumbida de trazer comida e água. Quando preparou a provisão não tinha corda para amarrar os dois sacos (saco de comida e outro de água), desapertou o seu cinto, rasgou-o ao meio em duas partes, e assim, com um amarrou o saco de comida e com outro o de água, e ela ficou sem cinto apesar de necessitá-lo. Quando o Profeta viu o que ela tinha feito, de dar preferência à provisão deles acima dela, deu-lhe a boa nova: “Deus restituirá o teu cinto por dois cintos no Paraíso”. A partir daí Assmá ficou a chamar-se “A de dois cintos”. Este é um grande exemplo de coragem para a mulher muçulmana. Assmá desempenhou um papel importante na emigração do Profeta.
3º - Amir Bin Fahir, escravo liberto de Abu Bakr, e que pastava o seu gado, tinha o cargo de trazer leite fresco todos os dias ao anoitecer e apagar todas as pegadas dos pés humanos até a caverna.
Como nesta altura não havia estradas asfaltadas, conhecer os caminhos especialmente entre os montes e desertos, era uma habilidade. Cada caravana andava com um homem, que era pago, que conhecesse todos os caminhos. Abu Bakr combinou com um senhor pertencente à tribo de Bani Wail, chamado Abdallah Bin Arica, para esta missão, de guiá-los a Yaçrib (Madina). Esse homem nem era crente; era um idólatra. Mas Abu Bakr confiava nele, e tinha-lhe entregue as duas camelas e tinha-lhe dito para que aparecesse na caverna depois de três dias, isto é, no quarto dia, de manhã cedo.
Os coraixitas, por seu lado, intensificaram a busca em um grupo, chegaram até a boca da caverna de modo que, se abaixassem para olhar, descobri-los-iam. Abu Bakr, ao vê-los tão perto, disse com aflição ao Profeta: “Se eles se abaixarem ver-nos-ão”. E o Profeta respondeu:
“Não te aflijas, porque Deus está conosco.” (Cap. 9, Vers. 40)
E como não viram nenhuma pegada humana voltaram com a certeza que dentro da caverna não estava ninguém.
Há certas narrações que dizem que, uma aranha fez a sua teia à boca da caverna (a entrada) e pombos fizeram o ninho e puseram ovos nela.
Sem dúvida, isto foi um autentico milagre. Deus protegeu o Seu Profeta com a teia de aranha contra dezenas de cavaleiros armados à boca da cave.
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